Esses dois comportamentos - da feminista de cabelo colorido que garante a felicidade sem a "opção" de ser mãe, e o da santinha modesta que glamorize até as fraldas esmerdeadas e que não sabe fazer um pudim - deixam Bel claro que o drama que descreveu nesse artigo é absolutamente mal compreendido.
Ontem, no feriado, recebemos em casa a visita da família da namorada do meu filho do meio. A conta era: eu, minha esposa, meus dois filhos, três filhas e dois genros.
Deles, fora o casal, são nove filhos, uma com namorado, o mais velho com a esposa, um bebê de ano e meio e outra na barriga de seis meses.
Vinte e quatro pessoas ao todo, DUAS famílias.
Maternidade e paternidade sem glamour.
E todas aquelas crianças comendo como gafanhotos. Eu não vencia tirar carne da churrasqueira.
Por isso me é tão cara essa temática que tem trazido, Debs.
Porque eu sei como é "o outro lado", quero dizer, o que é real nessa luta contra a maternidade, e conheço bem.
Nossa Senhora Das Dores tem sete espadas no peito e é co-redentora da humanidade, sem revolta, sem glamour.
Quando nasceu meu filho mais novo há pouco mais de doze anos, foi "necessário" fazer uma laqueadura. Após seis gestações e cinco cesarianas, o risco de morte numa futura gravidez seria altíssimo e, como médico professor, tinha autoridade para recomendar fortemente a intervenção, a qual esterilizou minha esposa para sempre. E nos arrependemos daquela decisão até hoje...
Sou tido como um homem teórico, porque respeito muito a erudição e considero a grande contribuição dos pensadores. Mas o senso prático, os pés calcados na Realidade me dão base para acompanhar tua saga ainda "sem lugar de fala", Inda que eu seja um macho escroto, como outro dia me homenagearam aqui na rede limpinha do Substack.
O uso da palavra foi proposital. Muitos se escandalizam quando são lembrados que, sem Deus, o mundo é desgraçado, inclusive a maternidade. E que aqueles que buscam Deus precisam, antes de mais nada, tomar consciência disso.
quando me deparo com esse sermão requentado, temperado com “virgem maria”, “inferno” e outras especiarias da mitologia oficial, só posso acender uma vela — não pra santo, mas pra martinho lutero, que teve duas bolas pra bater na porta da bizarrice solene chamada icar.
enquanto algumas se dedicam com afinco à arte de abrir as pernas e a boca (nesta ordem), proclamando aos quatro cantos virtudes do cio performático, apontam o dedo pra quem ousa não seguir o script da fêmea domesticada. quem não late junto é "rato". mas me diga: que animal se orgulha tanto de ser só carne e cio? pensar virou pecado, talvez.
eu sigo em paz. laqueada com gosto aos 21. sem filho, sem culpa (se pudesse o faria novamente, com batom vermelho e taça de champagne), sem hashtag de mãe guerreira. e se me permitem um conselho às jovens — principalmente às mulheres: parem de dar ouvidos a influenciadoras que creem que cadáver escuta oração. cuidem do que ninguém quer cuidar: a mente. da genitália já tem fila de voluntários.
usem seus corpos como bem entenderem: como casa, palco, parque de diversão ou templo profano. sem medo, sem licença. e, por tudo que é lúcido, usem diu de cobre e camisinha: o gozo com consciência é o mais puro sacramento da liberdade. e para não esquecer o óbvio: feto não é gente.
Me lembrei do Olavo, fazendo defesa de Nossa Senhora, frente colocações de que é “ mulher como outra qualquer”, ele disse: no dia que vocês assistirem próprio filho ser torturado, açoitado , furado e pregado na cruz, é pior saber desde sempre que seria assim e suportarem como ela suportou ai venham me dizer que é uma mulher como outra qualquer
Vi uma fração dessa disputa nas redes sociais.
Esses dois comportamentos - da feminista de cabelo colorido que garante a felicidade sem a "opção" de ser mãe, e o da santinha modesta que glamorize até as fraldas esmerdeadas e que não sabe fazer um pudim - deixam Bel claro que o drama que descreveu nesse artigo é absolutamente mal compreendido.
Ontem, no feriado, recebemos em casa a visita da família da namorada do meu filho do meio. A conta era: eu, minha esposa, meus dois filhos, três filhas e dois genros.
Deles, fora o casal, são nove filhos, uma com namorado, o mais velho com a esposa, um bebê de ano e meio e outra na barriga de seis meses.
Vinte e quatro pessoas ao todo, DUAS famílias.
Maternidade e paternidade sem glamour.
E todas aquelas crianças comendo como gafanhotos. Eu não vencia tirar carne da churrasqueira.
Por isso me é tão cara essa temática que tem trazido, Debs.
Porque eu sei como é "o outro lado", quero dizer, o que é real nessa luta contra a maternidade, e conheço bem.
Nossa Senhora Das Dores tem sete espadas no peito e é co-redentora da humanidade, sem revolta, sem glamour.
Quando nasceu meu filho mais novo há pouco mais de doze anos, foi "necessário" fazer uma laqueadura. Após seis gestações e cinco cesarianas, o risco de morte numa futura gravidez seria altíssimo e, como médico professor, tinha autoridade para recomendar fortemente a intervenção, a qual esterilizou minha esposa para sempre. E nos arrependemos daquela decisão até hoje...
Sou tido como um homem teórico, porque respeito muito a erudição e considero a grande contribuição dos pensadores. Mas o senso prático, os pés calcados na Realidade me dão base para acompanhar tua saga ainda "sem lugar de fala", Inda que eu seja um macho escroto, como outro dia me homenagearam aqui na rede limpinha do Substack.
Uau, bem na minha gestação, tenho sido sortuda por receber um conteúdo desses, obrigada 🙏 Salve Rainha!
Que ela cubra vocês com seu manto 🙏🏽
Perfeito, Debs. Foi fazendo todo sentido conforme a leitura progredia.
Comecei a leitura preocupada "o que ela quer dizer com esse título?"
"Onde ela quer chegar?"
"É uma provocação?"
"É um conta-gotas das muitas páginas vindouras?"
Fui digerindo aos poucos, pra ver se iria chegar a Eva e a Nossa Senhora.
"Ah, agora compreendi, agora entendi o significado dessa palavra que não gosto - desgraça".
P.S. sou bocó demais da conta.
O uso da palavra foi proposital. Muitos se escandalizam quando são lembrados que, sem Deus, o mundo é desgraçado, inclusive a maternidade. E que aqueles que buscam Deus precisam, antes de mais nada, tomar consciência disso.
quando me deparo com esse sermão requentado, temperado com “virgem maria”, “inferno” e outras especiarias da mitologia oficial, só posso acender uma vela — não pra santo, mas pra martinho lutero, que teve duas bolas pra bater na porta da bizarrice solene chamada icar.
enquanto algumas se dedicam com afinco à arte de abrir as pernas e a boca (nesta ordem), proclamando aos quatro cantos virtudes do cio performático, apontam o dedo pra quem ousa não seguir o script da fêmea domesticada. quem não late junto é "rato". mas me diga: que animal se orgulha tanto de ser só carne e cio? pensar virou pecado, talvez.
eu sigo em paz. laqueada com gosto aos 21. sem filho, sem culpa (se pudesse o faria novamente, com batom vermelho e taça de champagne), sem hashtag de mãe guerreira. e se me permitem um conselho às jovens — principalmente às mulheres: parem de dar ouvidos a influenciadoras que creem que cadáver escuta oração. cuidem do que ninguém quer cuidar: a mente. da genitália já tem fila de voluntários.
usem seus corpos como bem entenderem: como casa, palco, parque de diversão ou templo profano. sem medo, sem licença. e, por tudo que é lúcido, usem diu de cobre e camisinha: o gozo com consciência é o mais puro sacramento da liberdade. e para não esquecer o óbvio: feto não é gente.
Oh, moça, sinto muito por você. Rezarei uma Ave Maria pela sua alma e pelo sofrimento que você compartilhou com tanta dor por aqui. Fique bem.
Tá bem ruim tua situação hein?
Se precisar de ajuda, não hesite em pedir.
Me lembrei do Olavo, fazendo defesa de Nossa Senhora, frente colocações de que é “ mulher como outra qualquer”, ele disse: no dia que vocês assistirem próprio filho ser torturado, açoitado , furado e pregado na cruz, é pior saber desde sempre que seria assim e suportarem como ela suportou ai venham me dizer que é uma mulher como outra qualquer